Soneto 129
PEDRA FRIA
Os pés descalços tocam a lápide gelada
Embrulham-me o estômago as inscrições
Turvam-me os olhos ardentes aparições
Vem a saudade e não penso em mais nada
Vem na memória a culpa de causar o erro
Que acomete a vida que partiu de mim
Prometendo saídas que teriam certo fim
Não me lembro de ter ido ao meu enterro
A inscrição na pedra traz meu nome
Relembrando o fim que já aconteceu
E que eu ainda não havia trespassado
Tudo torna-se uma massa total disforme
Resgatando algo da mente que se perdeu
Algo de morte que me trouxe ao passado
Maknim
23/05/2011
Escrevi isso em Abril quando estava no sítio da amiga Pri, depois de uma noite sem dormir, enquanto ouvia o vazio e o silêncio da manhã enquanto as meninas dormiam, eu andava em volta da piscina, pisando na pedra fria e imaginando mentalmente o soneto que comecei a escrever na noite seguinte e terminei somente no final de maio.
High Five - o/
27
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
+ Quase
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Sonetos 2011
Soneto 128
QUASE
Do quase gordo ao quase magro
Do quase eterno ao quase fim
Do quase feio ao quase belo
Do quase dizer ao quase agir
Do quase esperto ao quase tolo
Do quase louco ao quase são
Do quase amor ao quase rolo
Do quase amigo ao quase irmão
De quase em quase
O muro vai sendo
Aos poucos derrubado
E eu aqui no meio
Nesse gancho
Continuo pendurado
Maknim
20/05/2011
Sabe, quando tudo na sua vida está mudando, todos estão mudando, pessoas, situações, lugares, jeitos, conquistas, perdas, infinidades de recursos que mutam-se e nós aqui, mudando permanecendo iguais, ainda normais, por horas banais, que não fica de nenhum lado do muro.
High Five - o/
27
QUASE
Do quase gordo ao quase magro
Do quase eterno ao quase fim
Do quase feio ao quase belo
Do quase dizer ao quase agir
Do quase esperto ao quase tolo
Do quase louco ao quase são
Do quase amor ao quase rolo
Do quase amigo ao quase irmão
De quase em quase
O muro vai sendo
Aos poucos derrubado
E eu aqui no meio
Nesse gancho
Continuo pendurado
Maknim
20/05/2011
Sabe, quando tudo na sua vida está mudando, todos estão mudando, pessoas, situações, lugares, jeitos, conquistas, perdas, infinidades de recursos que mutam-se e nós aqui, mudando permanecendo iguais, ainda normais, por horas banais, que não fica de nenhum lado do muro.
High Five - o/
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+ O Mais Idiota
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Soneto 127
O MAIS IDIOTA
Que animal é mais idiota que você?
Pode ser qualquer um ao seu redor
Muitas vezes não podemos perceber
Mas tem gente que a idiotice é maior
Há os macacos, aborígenes e ex-BBBs
Os juízes, jogadores e jornalistas
As zebras, antilopes e catinguelês
Os Vizinhos, diretores e humoristas
Tantos animais quanto se pode contar
Tanta gente quanto se pode aturar
Quem é mais idiota é difícil dizer
Você sempre se põe a dizer e analisar
Olha os outros mas não soube precisar
Que o mais idiota sempre foi você
Maknim
29/04/2011
Meu, o que mais vemos hoje em dia e julgamos são os "idiotas" que estão ao nosso redor, e imaginamos como alguns seres sem inteligência são idiotas também, mas nunca olhamos para nós mesmos, e somos muitas vezes idiotas, mas não aquela idiotice sadia, que é bom ter, aquela idiotice babaca que é melhor esquecer.
High Five - o/
27
O MAIS IDIOTA
Que animal é mais idiota que você?
Pode ser qualquer um ao seu redor
Muitas vezes não podemos perceber
Mas tem gente que a idiotice é maior
Há os macacos, aborígenes e ex-BBBs
Os juízes, jogadores e jornalistas
As zebras, antilopes e catinguelês
Os Vizinhos, diretores e humoristas
Tantos animais quanto se pode contar
Tanta gente quanto se pode aturar
Quem é mais idiota é difícil dizer
Você sempre se põe a dizer e analisar
Olha os outros mas não soube precisar
Que o mais idiota sempre foi você
Maknim
29/04/2011
Meu, o que mais vemos hoje em dia e julgamos são os "idiotas" que estão ao nosso redor, e imaginamos como alguns seres sem inteligência são idiotas também, mas nunca olhamos para nós mesmos, e somos muitas vezes idiotas, mas não aquela idiotice sadia, que é bom ter, aquela idiotice babaca que é melhor esquecer.
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quarta-feira, 3 de agosto de 2011
+ Quero Para Nós
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Soneto 126
QUERO PARA NÓS
Sabe aquela rosa que você tanto queria
Te dou isso e muito mais um desses dias
Faço de tudo hoje só pra te ver feliz
Pois seu sorriso foi o que um dia eu quis
E quero a todo instante o que é verdadeiro
Você me disse um dia que eu fui o primeiro
A cativar seu sentimento e o seu coração
Que mais posso querer além dessa paixão
Não quero nada que não esteja a sua altura
Bem material que dinheiro paga e não dura
O únco bem seria morar sozinhos numa ilha
Com nossas fantasias e todas as realizações
Podemos chegar onde querem ir nossos corações
Isso sem pressa, sem querer botar um pilha
Maknim
22/04/2011
Último soneto escrito no mesmo dia, depois de uma sequencia de 4 sonetos e uma noite sem dormir, aqui, ainda embalado pelas palavras do anterior, como botar pilha, mas com uma demonstração unilateral de carinho e afeto por ela que tanto me inspira, tanto eu amo, só ela que me faz bem e me faz seguir em frente, ela que ainda vou encontrar.
High Five - o/
27
QUERO PARA NÓS
Sabe aquela rosa que você tanto queria
Te dou isso e muito mais um desses dias
Faço de tudo hoje só pra te ver feliz
Pois seu sorriso foi o que um dia eu quis
E quero a todo instante o que é verdadeiro
Você me disse um dia que eu fui o primeiro
A cativar seu sentimento e o seu coração
Que mais posso querer além dessa paixão
Não quero nada que não esteja a sua altura
Bem material que dinheiro paga e não dura
O únco bem seria morar sozinhos numa ilha
Com nossas fantasias e todas as realizações
Podemos chegar onde querem ir nossos corações
Isso sem pressa, sem querer botar um pilha
Maknim
22/04/2011
Último soneto escrito no mesmo dia, depois de uma sequencia de 4 sonetos e uma noite sem dormir, aqui, ainda embalado pelas palavras do anterior, como botar pilha, mas com uma demonstração unilateral de carinho e afeto por ela que tanto me inspira, tanto eu amo, só ela que me faz bem e me faz seguir em frente, ela que ainda vou encontrar.
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+ Minha Quebrada
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Soneto 125
MINHA QUEBRADA
Me pergunto sempre o que fazer da vida
Trombar quem representa mesmo sem saida
Não que me importe se alguém duvida
Mas as palavras do muro estão lidas
Minha vila é chamada hoje de quebrada
Pelos caras que vem lá de outra parada
Que encaram sem ter medo de mais nada
Os manos, companheiros de caminhada
Não fogem pois não fazem coisa errada
Fazer o certo já faz parte do total
Sabem que quem aqui dá suas mancadas
Logo, logo é notícia de qualquer jornal
Não da seção de loterias premiadas
Mas manchete de outra ação policial
Maknim
22/04/2011
Aqui procurei usar algumas expressões encontradas na literatura marginal, falando um pouco de como andam as coisas nos subúrbios, nas periferias, onde a cada dia mais surgem novas gírias, novos conflitos, novas "gangues", novas histórias e novos relatos.
High Five - o/
27
MINHA QUEBRADA
Me pergunto sempre o que fazer da vida
Trombar quem representa mesmo sem saida
Não que me importe se alguém duvida
Mas as palavras do muro estão lidas
Minha vila é chamada hoje de quebrada
Pelos caras que vem lá de outra parada
Que encaram sem ter medo de mais nada
Os manos, companheiros de caminhada
Não fogem pois não fazem coisa errada
Fazer o certo já faz parte do total
Sabem que quem aqui dá suas mancadas
Logo, logo é notícia de qualquer jornal
Não da seção de loterias premiadas
Mas manchete de outra ação policial
Maknim
22/04/2011
Aqui procurei usar algumas expressões encontradas na literatura marginal, falando um pouco de como andam as coisas nos subúrbios, nas periferias, onde a cada dia mais surgem novas gírias, novos conflitos, novas "gangues", novas histórias e novos relatos.
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27
+ Espiandade
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Sonetos 2011
Soneto 124
ESPIANDADE
Ela espia pela fechadura
E pergunta no dia seguinte
Se usaram todo seu requinte
Ela pergunta e ninguém atura
Ela vê tudo e sai comentando
Como se fosse uma real espiã
Mas no outro dia de manhã
Ela continua só observando
E se coloca a perguntar
Como ficaria melhor divulgar?
Para espalhar no mesmo dia
Pode ter sido fato consumado
Ou algo que tenha inventado
Todos sabem do buraco que ela espia
Maknim
22/04/2011
Mesmo tema da "Fechadura", mas desta vez colocando um ar de "fofoca" no ar, algo que ninguém sabe o que aconteceu e que alguém quer inventar em cima disso, não por mal, mas pelo simples costume de cuidar da vida alheia.
PS: Eu nem sei se essa palavra (espiandade) existe, ainda não pesquisei, mas veio bem a calhar para o tema da "espiã".
High Five - o/
27
ESPIANDADE
Ela espia pela fechadura
E pergunta no dia seguinte
Se usaram todo seu requinte
Ela pergunta e ninguém atura
Ela vê tudo e sai comentando
Como se fosse uma real espiã
Mas no outro dia de manhã
Ela continua só observando
E se coloca a perguntar
Como ficaria melhor divulgar?
Para espalhar no mesmo dia
Pode ter sido fato consumado
Ou algo que tenha inventado
Todos sabem do buraco que ela espia
Maknim
22/04/2011
Mesmo tema da "Fechadura", mas desta vez colocando um ar de "fofoca" no ar, algo que ninguém sabe o que aconteceu e que alguém quer inventar em cima disso, não por mal, mas pelo simples costume de cuidar da vida alheia.
PS: Eu nem sei se essa palavra (espiandade) existe, ainda não pesquisei, mas veio bem a calhar para o tema da "espiã".
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27
+ Isolados
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Sonetos 2011
Soneto 123
ISOLADOS
Eles estão lá dentro sozinhos
Estão num sítio, bem isolados
Não sabem por quais caminhos
Sair, então ficam lá parados
E quando todos ficam calados
A geada fere como mil espinhos
Os gritos não estão abafados
E isso não incomoda os vizinhos
Não há quem possa socorrer
Nem quando chega a tarde
Nem quando começa anoitecer
Mas os ruídos fazem alarde
Fazem seus corpos se tremer
Isolados como a fera covarde
Maknim
22/04/2011
Enquanto estávamos no sítio de Boituva, lembrei do filme "Os Estranhos", e imaginei se fosse conosco, e narro uma imaginação em terceira pessoa, legal ter esse tipo de pensamento, em se colocar em uma situação e narrar como um observador, não estar isolado entre feras, claro,,,rs
High Five - o/
27
ISOLADOS
Eles estão lá dentro sozinhos
Estão num sítio, bem isolados
Não sabem por quais caminhos
Sair, então ficam lá parados
E quando todos ficam calados
A geada fere como mil espinhos
Os gritos não estão abafados
E isso não incomoda os vizinhos
Não há quem possa socorrer
Nem quando chega a tarde
Nem quando começa anoitecer
Mas os ruídos fazem alarde
Fazem seus corpos se tremer
Isolados como a fera covarde
Maknim
22/04/2011
Enquanto estávamos no sítio de Boituva, lembrei do filme "Os Estranhos", e imaginei se fosse conosco, e narro uma imaginação em terceira pessoa, legal ter esse tipo de pensamento, em se colocar em uma situação e narrar como um observador, não estar isolado entre feras, claro,,,rs
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27
+ O Efeito
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Soneto 122
O EFEITO
Eu sei, eu já posso ver
O efeito que me faz entorpecer
E quando a hora chega
A visão se põe a escurecer
Pois o efeito faz parar
E percerber, e quer se atirar
Aos braços do abismo
Onde pode então se livrar
Do mal da consciência rude
Da esperanção de uma sanidade
Esperando que alguém me acude
Esperando que haja quantidade
E antes que alguma coisa mude
Adormeço em plena felicidade
Maknim
21/04/2011
Aquele efeito que os ébrios solitários sentem, o vazio, o vácuo, o infinito.
High Five - o/
27
O EFEITO
Eu sei, eu já posso ver
O efeito que me faz entorpecer
E quando a hora chega
A visão se põe a escurecer
Pois o efeito faz parar
E percerber, e quer se atirar
Aos braços do abismo
Onde pode então se livrar
Do mal da consciência rude
Da esperanção de uma sanidade
Esperando que alguém me acude
Esperando que haja quantidade
E antes que alguma coisa mude
Adormeço em plena felicidade
Maknim
21/04/2011
Aquele efeito que os ébrios solitários sentem, o vazio, o vácuo, o infinito.
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27
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
+ Dois Amantes
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Soneto 121
DOIS AMANTES
Dois amantes que nunca se olharam
Dois olhos que nunca se cruzaram
E no entanto é guardado o desejo
Nos acasos de abraços e de beijos
Dois amantes que nunca se encontraram
Dois corpos que jamais se encostaram
E juntos seguem assim, separados
Com sentimentos nunca antes demonstrados
Dois amantes sem destino
Sem querer e sem saber
Sem ao menos entender
Dois amantes clandestinos
Que não se fazem ver
Nem ao menos conhecer
Maknim
21/04/2011
Como amores virtuais...
High Five - o/
27
DOIS AMANTES
Dois amantes que nunca se olharam
Dois olhos que nunca se cruzaram
E no entanto é guardado o desejo
Nos acasos de abraços e de beijos
Dois amantes que nunca se encontraram
Dois corpos que jamais se encostaram
E juntos seguem assim, separados
Com sentimentos nunca antes demonstrados
Dois amantes sem destino
Sem querer e sem saber
Sem ao menos entender
Dois amantes clandestinos
Que não se fazem ver
Nem ao menos conhecer
Maknim
21/04/2011
Como amores virtuais...
High Five - o/
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