Soneto 129
PEDRA FRIA
Os pés descalços tocam a lápide gelada
Embrulham-me o estômago as inscrições
Turvam-me os olhos ardentes aparições
Vem a saudade e não penso em mais nada
Vem na memória a culpa de causar o erro
Que acomete a vida que partiu de mim
Prometendo saídas que teriam certo fim
Não me lembro de ter ido ao meu enterro
A inscrição na pedra traz meu nome
Relembrando o fim que já aconteceu
E que eu ainda não havia trespassado
Tudo torna-se uma massa total disforme
Resgatando algo da mente que se perdeu
Algo de morte que me trouxe ao passado
Maknim
23/05/2011
Escrevi isso em Abril quando estava no sítio da amiga Pri, depois de uma noite sem dormir, enquanto ouvia o vazio e o silêncio da manhã enquanto as meninas dormiam, eu andava em volta da piscina, pisando na pedra fria e imaginando mentalmente o soneto que comecei a escrever na noite seguinte e terminei somente no final de maio.
High Five - o/
27
Um comentário:
Olá! Sinto muito por ter demorado tanto tempo pra responder seu comentário no meu blog, mas é porque eu tô meio decepcionada com essa coisa toda que é escrever. Mas acho que finalmente criei forças pra voltar e acredite, seu comentário foi essencial pra que isso acontecesse! Tomei a liberdade e te seguir e prometo que voltarei mais vezes!
ps.: seu poema é ótimo! Queria saber escrever poemas, mas não tem jeito: nasci pra prosa...
um beijo!
Postar um comentário