terça-feira, 28 de junho de 2011

+ A Esguia

Soneto 072
             A ESGUIA


Ela nunca entendeu o que eu dizia
Eu falava e ela não entendia
Cumprimentava até por demasia
Reclamava de tudo que eu fazia

Quando por vezes ela me batia
Eu fechava bem os olhos e ria
Chocado eu era por essa ironia
E por vezes, juro, não compreendia

Eu dava passos e prosseguia
Mas do mesmo lugar eu não saía
Desse louca estrada que eu ia

Ao meu lado, muda, eu falaria
Ela aqui, assim, ninguém sabia
Mas ela é tudo que sonhei um dia

Maknim
25/11/2010

Ah, que saudades da esguia... personagem fictícia com um plano de fundo forrando estórias de verdade.
Apesar de sempre colocar rimar, ricas ou pobres, nos meus textos, procurei desenvolver algo que mantivesse a mesma linha em todos os versos.

High Five - o/
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