Soneto 036
             ANDROPAUSA
As aranhas que estão em meu peito
Fogem para debaixo da mata virgem
A mata escura e negra como o leito
Nunca descoberto, nunca posta à prova sua origem
Do alto do mastro, uma gota a cair
O papel que desempenho não me despreza
Participo incólume, do ato calmo ao urgir
Do pranto lento a desesperada reza
Faço movimentos que não sei ao certo
Sou de carne e osso como você
Sinto a respiração acelerar quando mais perto
Seguro minhas vontades de querer
Me abstenho desse mundo incerto
O jato explode e faz minha vida escorrer.
Maknim
18/05/2009
Agradecimentos à minha amiga Elaine, do blog Pensando, que me opiniou com o título do soneto. Pesado, e meio disfarçado, mas dá pra entender do que se trata.
Não entendeu? Dá uma olhada -> aqui <- !
High Five - o/
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