
Soneto 049
             O CUBÍCULO
Paredes de metal que me circulam
Apenas cercam meu verdadeiro eu
Escondo-me de mim mesmo, sou teu
No meio, o banco elétrico simulam
E os vidros, observado como um rato
Olhos que vigiam, me fazem vigília
Torno-me virgem, uma noite síria
Nem liberbade, tampouco um contato
Mas eu sigo, eu subo e desço
E aos visitantes agradeço
Ainda que não entrem, invadem
E novamente rotina, tudo igual
Sinto-me preso, e tudo é natural
Apenas espero, os outros partem
Maknim
29/06/2010
Lembro do dia que eu, o Caio, a Bruna e a Priscila tinhamos ido ao Shopping D, e o elevador de lá é todo de metal com vista panorâmica da praça de alimentação, e quando tocamos no assunto do elevador, eu tinha dito que meu quarto era igual aquilo, um cubículo de metal, o que era brinks, e daí, não lembro se no mesmo dia, fui escrevendo e saiu esse soneto.
Abraços aos meus três queridos que muito fizeram a diferença na minha vida nessa época, que foi muito difícil, me ajudaram e o principal, me aceitaram, estiveram ainda do meu lado.

High Five - o/
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